Coma: o que é, como acontece, cuidados e recuperação
Equipe Eurekka
Existem muitos mitos e dúvidas a respeito do que é o coma. Assim, parentes e pessoas próximas de alguém que se encontra nessa situação sofrem muito, pois não sabem bem como lidar com esse diagnóstico tão difícil e doloroso.
Por isso, neste texto, vamos explicar a verdade sobre o coma, o porquê ele acontece, como é feita a avaliação e como é a recuperação de alguém que passou por essa situação.
Boa leitura!
Índice
O que é um coma?
O coma é uma redução prolongada dos níveis de consciência, de modo que a pessoa aparenta estar apenas dormindo.
E, apesar de o cérebro ainda enviar sinais que mantêm as funções vitais funcionando, a pessoa em coma não consegue ser despertada por estímulos externos, como: conversas, toques físicos e dor.
Quais são os sintomas?
O que se percebe, de modo geral, dos sintomas do coma é a falta de consciência por mais de 6 horas, ausência de percepção de si mesmo e falta de reação à dor e quaisquer estímulos externos.
Mas é preciso enfatizar que esses sintomas dependem do estágio em que a pessoa se encontra. Falaremos disso mais pra frente!
O que pode causar um coma?
Existem muitas situações que podem levar ao coma, sendo a maioria delas:
- Traumatismos;
- Tumores;
- Infecções cerebrais;
- Acidentes Vascular Cerebral (AVC)
- Hipoglicemia;
- Hipóxia;
- Abuso de substâncias.
Como é feita a avaliação de alguém em Coma?
O primeiro passo é o tempo que a pessoa está desacordada. Se a pessoa ficar sem consciência por pouco tempo não é considerado um coma, mas sim uma síncope. Mas se a pessoa ficar desacordada por mais de 6h, é considerado coma.
Além disso, é avaliado também se há algum nível de resposta da pessoa em coma. Por exemplo, se há algum tipo de movimento ocular, motor ou verbal, mesmo que mínimo.
E o médico faz isso através da Escala de Coma De Glasgow.
Escala de Coma De Glasgow
A escala de Coma de Glasgow antes era usada apenas para medir a capacidade de resposta de pessoas que bateram a cabeça, mas hoje é usada em diversos casos, incluindo o coma.
Essa escala avalia três itens: a capacidade de abrir os olhos, de falar e de obedecer a comandos para mexer os membros, como levantar a mão ou a perna.
E, cada um desses itens é avaliado pelo médico em uma escala de 1 a 5 pontos, sendo 1 muito ruim e 5 muito bom.
Somando a pontuação dos três itens avaliados, o paciente pode ter um resultado de 3 a 15 pontos, sendo que em 3, o paciente está em coma profundo e 15, ele está totalmente consciente.
Um coma pode deixar sequelas?
Sim, o coma pode deixar sequelas, sendo que o tratamento para algumas é mais simples, mas para outras é mais difícil.
Nos casos menos graves, pode ser que o paciente tenha algumas lesões na traqueia ou no pulmão por causa da intubação, feridas causadas pela falta de movimento, atrofia de músculos, infecções secundárias e neuropatias.
Já em casos mais graves, há possibilidade de que o paciente entre em estado vegetativo ou tenha morte cerebral.
No estado vegetativo, as áreas do cérebro relacionadas ao comportamento e pensamento estão lesionadas, mas as áreas que controlam o sono, temperatura e batimentos cardíacos estão funcionando.
O paciente pode até responder, mas são respostas reflexas e não complexas. Em casos assim, é difícil que a pessoa retorne até um nível maior de consciência, mas é possível continuar vivendo com cuidados especiais.
Já a morte cerebral, é mais complicada, pois ocorre perda total de todas as funções vitais do corpo. Assim, o paciente vive apenas com a ajuda de máquinas e não há qualquer tipo resposta ou reação.
Saiba mas: luto antecipatório.
Qual é o tratamento para o coma?
O tratamento depende da gravidade da situação em que a pessoa está. De modo geral, o paciente em coma é ligado a aparelhos que o ajudam a manter as funções básicas, como sondas para respiração e para eliminação de urina.
Além disso, quando o quadro já está controlado, são tomados alguns cuidados para evitar doenças hospitalares, pneumonias, fissuras na pele e infecções. Além de ser necessária a fisioterapia, para que os músculos não se atrofiem pela falta de movimentos.
Medicamentos também são necessários de acordo com o caso. E outro ponto importante no tratamento é a presença da família, que pode ser sim benéfica ao paciente.
Quanto tempo demora para se recuperar?
O tempo de recuperação depende de dois fatores: da causa do coma e da qualidade do tratamento recebido durante e após o coma.
Se recuperar de um coma é possível, mas é necessário tempo e paciência. O processo pode levar semanas e até meses porque, ao passar pelo estado de não consciência, a pessoa pode se desacostumar das funções básicas, como conversar, comer e tomar banho.
Assim, é preciso, na maioria dos casos, ter ajuda de fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e fonoaudiólogos.
Porém, em casos mais graves, como o estado vegetativo que perdura e a morte cerebral, não é possível essa recuperação.
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