Bulimia nervosa: o que é, sintomas, causas e tratamentos
Eurekka Psicólogos
A bulimia nervosa é um transtorno alimentar que afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil todos os anos. E, apesar de atingir principalmente adolescentes e jovens entre 15 e 25 anos do sexo feminino, pode também ocorrer em homens, mulheres adultas e até durante a menopausa.
Embora muito se fale sobre bulimia nos dias de hoje, poucos entendem que ela vai muito além do ato de vomitar de propósito. De modo que as consequências para o corpo e para a mente podem ser bem sérias.
Neste texto, você vai entender melhor o que é a bulimia, quais os sintomas, causas, o que ela acarreta ao organismo e os melhores tratamentos.
Índice
O que é bulimia nervosa?
A bulimia nervosa é um transtorno que gera uma vontade de comer de forma descontrolada e desmedida. De modo que a pessoa ingere uma quantidade enorme de alimentos com alto teor calórico em um curto período de tempo. Nessas horas, a pessoa sente que não tem controle sobre si mesma, que não consegue parar.
Mas não é só isso, a bulimia nervosa faz com que essa compulsão alimentar seja acompanhada pela forte vontade de expulsar do organismo a comida recém-ingerida.
Ou seja, depois de comer de maneira compulsiva, o bulímico acaba sentindo culpa ou remorso e quer tirar aquela comida do corpo de qualquer maneira. E, para isso, induz o vômito ou toma outras atitudes, como abuso de laxantes ou diuréticos. Além disso, jejuns prolongados e lavagens intestinais também são comuns para essas pessoas.
Ah! E vale ressaltar que estamos usando bulimia e bulimia nervosa como sinônimos, ta bem?
Diferença entre bulimia e anorexia
A pessoa que sofre com a bulimia é marcada pela compulsão alimentar seguida pela expulsão do alimento no organismo. Já a pessoa com anorexia não tem episódios de compulsão alimentar, mas é muito preocupada com a sua imagem corporal.
De modo que a pessoa com anorexia vê seu corpo de modo distorcido. Assim, ela come cada vez menos em uma tentativa desesperada de emagrecer. Além de usar métodos destrutivos para perder peso, como tomar laxantes ou fazer jejum sem orientação médica.
Assim, podemos ver que anorexia nervosa tem a ver com uma distorção da autoimagem. Isso significa que quem sofre com esse transtorno se vê com muito mais peso do que, de fato, tem. E essa distorção se combina com uma vontade muito grande de emagrecer e um medo muito forte do excesso de peso.
Outra grande diferença entre os dois distúrbios alimentares é que quem tem anorexia tende a emagrecer muito e de forma prejudicial a saúde. Já quem tem bulimia não aparanta sofrer de algum transtorno, pois ela não emagrece e nem engorda exageradamente.
Sintomas de bulimia nervosa
É comum o quadro de bulimia nervosa ter início com dietas rigorosas para emagrecer. Mas com o tempo, a pessoa não consegue lidar com aquelas restrições e nem as manter, o que faz com que acabe perdendo o autocontrole. Assim, ela começa a ter episódios em que come de forma compulsiva.
Além disso, é difícil ajudar uma pessoa com bulimia, pois se trata de um distúrbio solitário. Isso porque, muitas vezes, tanto a ingestão de grandes quantidades de alimentos como o vômito forçado ocorrem em segredo.
E como falamos no tópico anterior, não há perda de peso considerável no caso da bulimia nervosa, pois antes de a comida ser expulsa pelo organismo, parte das calorias chegam a ser absorvidas. Assim, é mais difícil ainda perceber os sinais.
Dessa forma, no geral, o diagnóstico de bulimia nervosa é feito muito tarde, o que dificulta o tratamento. Mas, ainda assim, é possível observar algumas características em pessoas com bulimia nervosa. São elas:
- Preocupação acima do normal com o corpo e peso;
- Períodos de jejum longos, seguidos por alimentação compulsiva;
- Atitudes compensatórias para impedir ganho de peso, como: exercícios em excesso, vômito e uso de medicamentos;
- Boca seca;
- Dentes pouco saudáveis;
- Dificuldade em manter alimentos no organismo, mesmo quando sua expulsão não é forçada.
Causas da bulimia nervosa
Ainda não se sabe ao certo as causas da bulimia. Mas, na maioria das vezes está ligada a uma preocupação excessiva com a busca pelo corpo ideal e por estar em forma.
Por sua vez, o culto ao corpo pode estar ocorrendo por influência tanto da mídia e das redes sociais, como por comportamentos de familiares e amigos.
Fatores de risco
Apesar de não serem causas, há alguns fatores de risco que podem contribuir para um quadro de bulimia nervosa. São eles:
- Ser adolescente ou mulher jovem entre 15 e 25 anos;
- Genética;
- Deficiência de serotonina, pois a falta desse neurotransmissor relacionado à sensação de prazer pode ter relação com a ocorrência do transtorno;
- Outros fatores psicológicos, traumáticos, sociais e culturais.
Consequências da bulimia nervosa
Por mais que a pessoa com bulimia pareça estar saudável, uma vez que seu peso não tem mudanças bruscas, esse transtorno traz sim consequências muito graves para a saúde.
Isso porque o hábito de comer muito e em seguida forçar a expulsão dos alimentos através do vômito, ou do uso de laxantes, traz consequências terríveis. Tanto para o corpo, quanto para a mente.
Então, entenda agora quais são essas consequências.
Consequências físicas
- Refluxo;
- Corrosão dos dentes;
- Cáries;
- Inflamação na garganta;
- Sangramentos;
- Problemas gastrointestinais;
- Constipação;
- Hemorroidas;
- Pancreatite;
- Inflamação e perfuração do esôfago;
- Desidratação;
- Arritmia cardíaca.
Consequências psíquicas
- Diminuição da autoestima;
- Automutilação;
- Depressão;
- Pertubações de ansiedade e humor;
- Ideias de suicídio.
Percebe como a bulimia nervosa é prejudicial para o corpo e para a mente? Por isso, é muito importante que ela seja tratada o mais rápido possível. Assim, muitos danos serão evitados. Afinal, todos precisam ter um carinho especial consigo mesmo, tanto no corpo quanto na saúde mental.
Então, no tópico a seguir vamos mostrar e explicar os melhores tratamentos para a bulimia nervosa. E, no final, temos um convite especial para você!
Continue com a gente!
Tratamentos para bulimia nervosa
Os melhores tratamentos pra a bulimia nervosa são: psicoterapia, medicamentos e acompanhamento nutricional. Sendo que, em muitos casos, o melhor é que esses tratamentos sejam combinados para, assim, ter um melhor resultado.
Confira a seguir como eles funcionam!
Terapia para bulimia
A terapia é o melhor e o primeiro passo a ser tomado para tratar a bulimia nervosa. Isso porque a terapia com um psicólogo vai ajudar você a se conhecer melhor, a lidar melhor com os seus impulsos e a entender o que está causando o distúrbio.
Além disso, muitas vezes, a bulimia nervosa vem acompanhada por outros distúrbios como ansiedade, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo. Assim, entender os sintomas desses problemas e aprender a lidar com eles é crucial para vencer essa situação.
A terapia cognitivo-comportamental, que é a utilizada pela Eurekka, é muito útil para esses casos. Dentro dessa abordagem, o indivíduo aprende diversas técnicas de regulação emocional, além de poder ter um contato direto com o terapeuta nos momentos de crise. Assim, o terapeuta pode orientar o paciente mesmo nos períodos mais desafiadores!
Acompanhamento nutricional
O acompanhamento nutricional também é muito recomendado no caso de bulimia nervosa. Uma vez que o nutricionista poderá auxiliar na criação de uma dieta mais balanceada e menos restritiva, o que ajudará a diminuir a compulsão alimentar.
Além disso, talvez seja necessária uma reeducação alimentar. De modo que paciente precisará da ajuda do nutricionista para desenvolver uma relação mais saudável com a comida, evitando assim os comportamentos compensatórios.
Por fim, o profissional da área poderá indicar alimentos que contenham as vitaminas e minerais que estão faltando no organismo e cuja ingestão se faça necessária.
Tratamento com medicamentos
O tratamento com medicamentos também pode ser necessário e é feito por um o psiquiatra. Assim, ele vai acompanhar seu caso e receitar remédios que podem facilitar sua vida, diminuindo a ansiedade ou estabilizando o seu humor.
É importante procurar um psiquiatra, pois apenas um médico poderá dizer qual o medicamento é o mais indicado para você e o seu problema. Do mesmo modo, é esse profissional que definirá a dosagem correta e quanto tempo o tratamento irá durar. Por isso, é importante que você nunca se automedique.
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