Brainrot: psicologia explica o problema
Equipe Eurekka
Você já ouviu falar do termo Brainrot? Apesar de já existir há muitos anos, ele tem sido usado ultimamente para se referir a um fenômeno relacionado às redes sociais, memes e bomba de informações.
E, neste texto, nós vamos explicar o que é o Brainrot, o que a psicologia tem a dizer sobre isso e como lidar com esse problema.
Afinal, será que você ou alguém próximo sofre com isso e nem sabe? Descubra aqui!
Índice
O que é Brainrot?
Em tradução livre, Brainrot significa “podridão cerebral”. E esse termo tem sido usado para caracterizar os efeitos colaterais do consumo exagerado de conteúdos de baixo valor na internet.
Por exemplo: memes, vídeos sem sentido e os conhecidos “shitposts” que, como o nome diz, são posts feitos para serem ruins e com um humor duvidoso.
Tal fenômeno da era da tecnologia pode afetar qualquer um, porém a Geração Z e a Geração Alpha são as mais atingidas.
Inclusive, uma das possibilidades de origem do termo pode ter vindo justamente da comunidade gamer, quando, em 2011, a Bethesda Game Studios lançou o jogo “The Elder Scrolls V: Skyrim“, no qual o Brainrot era uma doença que os jogadores poderiam contrair no jogo.
Então, a chance de o termo ter se espalhado a partir daí e ganhado novos sentidos é grande!
A banalização do próprio Brainrot
E essa tendência de fazer piada de tudo é tão grande nos dias de hoje que até o próprio Brainrot começou a ser banalizado.
No TikTok, acontecem trends em que os usuários mostram como é ter Brainrot, sempre com humor e até mesmo um pouco de orgulho, gerando identificação nos usuários.
E, apesar de parecer inofensivo, esse é um grande problema. O grande consumo de conteúdos que exigem pouco do cérebro acaba fazendo com que a pessoa pare de exercitar esse órgão, de modo que pode até mesmo sofrer prejuízos para o resto da vida.
Isso sem contar o tempo excessivo gasto na internet, que pode resultar em problemas físicos, como problemas na visão, problemas no sono, dores de cabeça e por aí vai.
O que a psicologia tem a dizer sobre isso?
O termo Brainrot não consta nos manuais diagnósticos usados pelos profissionais da saúde, ou seja, não é um termo científico.
Porém não se pode negar que essa condição é sim real, já que não é mistério nenhum os efeitos negativos do excesso de tecnologia.
Não precisamos ir longe para perceber isso. As redes sociais, hoje, são feitas para que o usuário precise de menos comandos possíveis, de forma que os conteúdos são sempre rápidos e com a função de apenas deslizar para cima para ver mais, como no TikTok.
Assim, com essa fonte de prazer rápido e com conteúdos predominantemente fúteis, o usuário se vê cada vez mais imerso nesse universo, causando vício e problemas relacionados à saúde mental, como vamos mostrar abaixo!
Saiba mais: Psicologia e UX — A verdade por trás do vício em TikTok
Os impactos do Brainrot no cérebro
Os impactos do consumo excessivo de conteúdos fúteis são inúmeros, como:
- Imersão nas redes sociais que causa desconexão com o mundo real
- Déficit nas habilidades cognitivas
- Perda do pensamento crítico
- Confusão mental causada pela dissociação imagens e termos de seus conceitos reais
- Vício causado pela estimulação da dopamina
- Perda das habilidades sociais fora do ambiente online
- Potencialização da ansiedade
- Diminuição da capacidade de concentração
- Inibição da criatividade
Afinal, a conta é muito simples! O cérebro é como um músculo: quanto mais você treina, exercita, exige e estimula, mais ele irá trabalhar e estabelecer conexões.
Mas, quanto menos você usá-lo e se dedicar apenas a conteúdos que não exigem esforço mental, mais ele vai atrofiando e perdendo essa capacidade de estabelecer conexões, que o que acontece no Brainrot.
Como lidar com esse problema?
Se você identifica esses sinais em si mesmo ou em alguém próximo de você, como amigos, filhos e outros, veja abaixo como solucionar esse problema ou até mesmo prevenir!
Estabeleça limites de tempo
Ao invés de ficar o dia todo no celular, que tal estabelecer um horário específico do dia para conferir as redes, responder mensagem e ver o conteúdo que gosta?
Por exemplo, das 19:00h às 20:00h é a hora do dia em que ficará com o celular. Assim, você ficará menos exposto à chuva de conteúdos que podem causar esse efeito do Brainrot.
Diminua os estímulos
O cérebro humano funciona por estímulos, então, quanto mais estímulos você tiver para algo, mais fácil vai ser fazer tal coisa.
Por isso, a ideia aqui é tirar os estímulos que fazem com que você mexa no celular.
Como: deixar o celular longe do seu campo de visão, silenciar as notificações e deixar apenas com notificação para chamadas, caso ocorra algo urgente.
Assim, diminuindo os estímulos você não terá o impulso de conferir as redes sociais sempre que se sentir cansado ou entediado e nem quando apitar por uma notificação.
Deixe de seguir conteúdos que não agregam
Outra atitude para sair do ciclo do Brainrot é fazer uma limpa nas suas redes sociais.
Deixe de seguir páginas com conteúdo fúteis, pessoas que nem fazem mais parte da sua vida e influencers que não te acrescentam nada.
Assim, deixando tudo mais clean e com menos pessoas, você terá menos acesso a informações inúteis que te sobrecarregam.
Tenha um hobby que não seja online
Para se desintoxicar das redes, que tal preencher seu tempo com atividades no mundo real?
Pense naquilo que sempre quis fazer ou que acha interessante, como pintura, instrumentos, costura e por aí vai. Então, comece a colocar isso como um hobby no seu dia a dia.
Não precisa ser perfeito, faça sem cobranças e com prazer, a fim de que seu cérebro trabalhe mais e se conecte novamente com a vida real.
Saiba mais sobre como equilibrar as redes e a saúde mental
E se você quer mais dicas para fugir do Brainrot e ter mais equilíbrio no uso das redes, clique aqui e veja esse material super completo!
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