Bipolaridade: tipos e sintomas do Transtorno Bipolar

Equipe Eurekka

A bipolaridade, ou transtorno bipolar, é um transtorno que afeta cerca de 3% da população mundial, trazendo sérios problemas na vida de milhões de pessoas. E no Brasil, o transtorno bipolar já foi apontado como a terceira doença mental que mais afasta pessoas do trabalho.

E, quando não tratado, causa muito sofrimento para a pessoa e para quem convive com ela. Por isso, é muito importante entender o que é esse transtorno, quais os sintomas e tipos de bipolaridade. De modo a estar sempre atento aos sinais e saber como procurar ajuda.

Então, neste texto, você vai entender tudo o que precisa saber sobre a bipolaridade. Como ela se manifesta, quais são os tratamentos, como lidar com esse transtorno e muito mais!

Boa leitura!

O que é a bipolaridade?

O Transtorno Bipolar é caracterizado por variações acentuadas de humor. Sendo que essas crises acontecem de forma muito intensa e são chamadas de episódios. Há três episódios da bipolaridade: o maníaco, o hipomaníaco e o depressivo. Mais à frente, vamos detalhar cada um deles.

Apesar de existirem diversas pesquisas nesse campo ao longo dos anos, ainda não se sabe as causas exatas do transtorno bipolar.

Mas se crê que o transtorno esteja relacionado a alguns dos nossos neurotransmissores, como às substâncias serotonina e noradrenalina (relacionadas a quadros depressivos) e à substância dopamina (relacionada à mania).

Também já se sabe que há um fator hereditário na bipolaridade. Assim, pessoas que tem familiares próximos com transtorno bipolar podem ter uma chance mais alta de desenvolver a doença.

Quais são os sintomas da bipolaridade?

Em suma, todo ser humano tem mudanças de humor. Às vezes estamos mais felizes, mais tristes, mais irritados, entre diversos outros estados.

No entanto, quando falamos de transtorno bipolar, estamos falando de estados de humor muito intensos e que duram muito tempo. Na maioria das vezes de uma semana para mais, podendo durar meses ou até anos.

Devido à enorme complexidade de cada indivíduo, os sintomas da bipolaridade variam muito de pessoa para pessoa, desde a intensidade até a duração. Mas, como mencionado antes, há três quadros bem definidos. Os episódios: maníaco, hipomaníaco e depressivo.

bipolaridade

Episódios maníacos

Neste tipo de episódio, a pessoa fica muito falante e eufórica. O nível de energia fica muito alto e ela aumenta muito o grau de atividade. Além disso, muitas pessoas também se irritam de forma muito mais fácil durante esse episódio.

Em geral, a pessoa consegue dormir menos e manter um nível maior de atividade do que em seu estado de humor normal.

Apesar da pessoa, durante o episódio maníaco, poder se sentir muito bem, esse estado de humor traz enormes riscos para ela e para quem está ao seu redor. Em alguns casos, é preciso a internação para que o paciente não prejudique a si mesmo ou a outros. Além disso, durante esse episódio, a pessoa bipolar pode exibir características psicóticas.

Alguns dos sintomas do episódio de mania são:

  • Energia aumentada;
  • Redução da necessidade de dormir;
  • Autoestima elevada de forma extrema (grandiosidade);
  • Pensamento acelerado e desconexo;
  • Fala contínua e sem filtros;
  • Aumento de atividades e ações impulsivas.

Episódios hipomaníacos

Os episódios hipomaníacos são parecidos aos episódios maníacos e os sintomas são os mesmos listados acima. A grande diferença é que os sintomas são mais brandos e o tempo de duração deles, em geral, é menor.

Mesmo assim, a mudança no humor é clara e perceptível, tanto por quem sofre com a bipolaridade, quanto por quem está ao seu redor.

Além disso, é vital destacar que um episódio hipomaníaco não deve ser descartado como algo irrelevante. Pois, além do episódio trazer desconforto para a pessoa, ele pode ser um aviso para um episódio mais grave a seguir.

Episódios depressivos

Por fim, temos os episódios de depressão, nos quais a pessoa apresenta grande perda de interesse ou prazer em suas atividades.

Para o diagnóstico do transtorno bipolar, este episódio é desafiador, uma vez que a pessoa pode ficar muito tempo com o humor deprimido. Sendo difícil constar se a pessoa tem uma depressão bipolar ou unipolar (depressão como transtorno único).

No outro lado do espectro, é possível que a pessoa tenha episódios maníacos ou hipomaníacos constantes, porém sem demonstrar episódios depressivos.

Sintomas comuns da depressão bipolar são:

  • Sintomas de depressão unipolar (tristeza, vazio interno, perda de interesse);
  • Dormir de mais ou de menos (insônia);
  • Ganho ou perda de peso;
  • Capacidade reduzida de concentração e/ou fadiga;
  • Sentimento de culpa excessiva;
  • Pensamentos suicidas.

Tipos de transtorno bipolar

A bipolaridade é uma transtorno difícil de ser diagnosticado. Pois, por ser um transtorno de humor, às vezes é complicado diferenciar o humor normal do bipolar.

Dessa forma, para caracterizar melhor os sintomas de cada pessoa foram criadas algumas categorias de bipolaridade. Sendo que essas categorias têm o objetivo de indicar o melhor modo de tratar cada caso do transtorno bipolar.

A grande diferença no diagnóstico de cada um desses tipos são os episódios que elas incluem: episódios maníacos, hipomaníacos e/ou depressivos.

Assim, segundo o DSM-V, os tipos de bipolaridade são:

  • Tipo I (podem alternar os episódios maníacos, hipomaníacos e depressivos);
  • Tipo II (podem alternar os episódios hipomaníacos e depressivos)
  • Transtorno ciclotímico (nenhum episódio bem definido e alternância rápida)
  • Induzido por Substância/Medicamento (apresenta todos os episódios e a origem é partir de algum remédio ou droga ilícita).

Como é feito o diagnóstico do transtorno bipolar?

Apenas profissionais da saúde mental (psicólogos e psiquiatras) podem fazer o diagnóstico de transtorno bipolar. Então, se você identificou os sintomas citados acima em você ou em alguém próximo, deve-se buscar o auxílio desses profissionais.

O psiquiatra irá fazer uma avaliação não só dos sintomas presentes, mas também do histórico da pessoa. Por isso, é vital ser honesto na consulta e relatar tudo o que se está passando e sentindo. Assim ele irá receitar os melhores remédios para equilibrar questões biológicas relacionadas à bipolaridade.

Já o psicólogo, nas sessões de terapia, irá ajudar a pessoa a lidar com esse transtorno. Assim, esse profissional ajudará o paciente a entender os sintomas e como conviver com isso de forma plena. De modo a ensinar a pessoa a lidar melhor com as emoções e como agir em um momento de crise.

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Em qual idade surge a bipolaridade?

A bipolaridade é muito rara em crianças (abaixo de 12 anos). Porém ainda não se tem um consenso sobre esse tema. Uma vez que é comum que uma criança apresente mudanças rápidas no humor, sendo difícil ser um sinal de qualquer transtorno mental.

Na adolescência, a bipolaridade já pode ocorrer, sendo muito similar à que aparece em adultos. Sendo que a faixa de idade mais comum do transtorno bipolar é início da vida adulta, entre os 18 aos 22 anos.

Além disso, existe o transtorno bipolar de aparecimento tardio. Isto é, o transtorno aparece pela primeira vez em idades mais avançadas, com alguns pessoas iniciando a doença aos 65 anos.

Tratamentos da bipolaridade

O transtorno bipolar é um distúrbio muito grave que, se não tratado, terá impactos profundos na vida social, profissional e amorosa da pessoa.

Os riscos associados à bipolaridade são muito grandes. Segundo pesquisas, ele é considerado o transtorno mental que mais acarreta suicídios.

Além disso, a bipolaridade é um transtorno crônico, isto é, ela pode durar uma vida inteira. Porém, hoje em dia, existem vários tratamentos que permitem que a pessoa com transtorno bipolar viva uma vida plena e saudável.

Então, confira agora como é feito o tratamento do transtorno bipolar!

Medicamentos

Como comentamos no início do post, o transtorno bipolar tem uma origem biológica. Então, a medicação é a base para tratar a bipolaridade. Hoje temos diversos remédios usados no combate a esse transtorno. Sendo que o desempenho de cada uma deles varia muito em relação aos sintomas de cada pessoa.

Entre os remédios mais utilizados, ou associação deles, estão anticonvulsivantes e os antipsicóticos. Nos episódios depressivos, é comum que a pessoa utilize antidepressivos. Sendo que, no geral, esse tipo está associado a um estabilizador de humor.

Infelizmente, é comum que em períodos de mania, a pessoa com transtorno bipolar pare de usar seus remédios, pois está se sentindo bem. Mas isso não pode acontecer. O paciente deve usar as medicações de forma contínua e de acordo com a indicação do médico, mesmo que pareça estar bem e livre da bipolaridade.

Terapia

Fazer terapia, junto com as medicações, é muito importante para tratar a bipolaridade. Uma vez que, mesmo utilizando os remédios de modo correto, cerca 40% das pessoas com transtorno bipolar sofrem recaídas (momentos em que os sintomas voltam).

E a terapia pode ajudar nesses casos, pois ela diminui a frequência e a duração dos episódios de alteração de humor. Isso porque a pessoa aprende ferramentas para usar na vida e nos momentos de crise. Junto a isso, a terapia pode reforçar a necessidade de uso certo de medicamentos para a pessoa bipolar.

Uma das abordagens que apresenta bons resultados em pacientes bipolares é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Além dessa, existem outras abordagens como a psicoeducação, terapia familiar e terapia interpessoal.

Como conviver com a bipolaridade?

É estimado que, em média, 8 milhões de pessoas são afetadas por esse transtorno apenas no Brasil.

Então, mesmo que você não tenha bipolaridade, existe uma chance de que você tenha que conviver com alguém que tem o transtorno.

Por isso, além de saber os sintomas e tipos de bipolaridade, é importante saber como lidar com esse transtorno. Então, aqui embaixo, você vai descobrir como conviver com uma pessoa bipolar, seja você quem tem o transtorno ou uma pessoa que convive com você.

Quem tem transtorno bipolar

O primeiro ponto é que você não deve deixar o transtorno definir você. A bipolaridade irá fazer parte da sua vida e personalidade. Porém, ela não resume a sua vida.

O segundo passo é procurar ajuda profissional. Fazer terapia e ser acompanhado por um psiquiatra é uma demonstração de carinho com você mesmo. Significa que você se quer bem e está se cuidando para ser melhor para você mesmo e para as pessoas ao seu redor.

O terceiro passo é se comprometer com o tratamento. Imergir na terapia e fazer o uso correto dos medicamentos prescritos pelo psiquiatra.

Por fim, algumas coisas são consideradas de risco para o aparecimento de sintomas e devem ser evitados. São elas:

  • Estresse excessivo;
  • Uso de álcool e/ou drogas;
  • Ambientes abusivos (pessoais ou profissionais);
  • Má qualidade do sono.

Quem tem alguém próximo com bipolaridade

Caso você suspeite que alguém próximo a você possui transtorno bipolar, é necessário que você converse com essa pessoa e a encoraje a procurar ajuda.

E caso você conviva com alguma pessoa bipolar, você precisa ter muita paciência. Entenda que o modo como ela age não é proposital. Pois quem sofre de bipolaridade não consegue controlar seu humor.

Se a pessoa tiver episódios de mudança de humor, você precisa apoiá-la e ajudá-la a passar por aquele período e não deixar que ela largue o tratamento.

É possível ter uma vida saudável junto a uma pessoa bipolar. Claro que existirão altos e baixos. Porém, isso é comum em qualquer relação.

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Como falamos até aqui, a bipolaridade é um transtorno sério. Mas existe sim uma solução e uma forma de ter uma vida leve.

Ao receber a ajuda adequada, a pessoa que sofre com a bipolaridade consegue entender e lidar melhor com o transtorno. Melhorando, assim, sua qualidade de vida e autocontrole.

E se você quer receber essa ajuda, a Eurekka tem um convite especial para você! Nós somos a maior clínica de psicoterapia do Brasil, unindo saúde mental e física, ajudando muitas pessoas que já tratam com a gente!

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