Automutilação na adolescência: veja as causas e tratamentos

Eurekka Psicólogos

A adolescência é um período que pode ser conturbado e difícil para os jovens. Afinal, esse é o período no qual inúmeras mudanças acontecem no corpo e na mente, e o jovem está buscando formar sua própria identidade. Em meio a mudanças, desafios e frustrações, a automutilação na adolescência pode surgir como forma de lidar com isso.

A automutilação é um ato que pode surgir como resposta, quando a pessoa precisa de algum alívio para todo aquele sofrimento que vem sentindo, ou quando não sabe outra forma de mostrar que precisa de ajuda.

Por isso, no texto de hoje, vamos falar sobre as causas, melhores tratamentos e formas de ajudar os jovens que se automutilam! Vamos lá?

Quais as causas da automutilação na adolescência?

A automutilação na adolescência está ligada a diversos fatores. Porém, as principais causas são a frustração e a depressão. No entanto, não são todos os adolescentes que, ao passarem por um quadro depressivo, vão recorrer à prática de automutilação. Ainda assim, aqueles que recorrem à prática de automutilação, muitas vezes, se encontram em um quadro depressivo.

Por isso, é muito importante estar atento a outros sintomas de um quadro depressivo como, por exemplo:

  • Mudanças no sono, tanto para mais quanto para menos;
  • Mudanças no apetite e no peso da adolescente, tanto para mais quanto para menos;
  • Falas recentes sobre suicídio ou intenções suicidas;
  • Diferenças no modo de agir e se comportar.

Estar atento a esses sinais é vital, pois, quanto antes nós pudermos perceber que esse adolescente precisa de ajuda, melhor será o prognóstico. Ou seja, maiores são as chances do jovem se recuperar desse quadro de saúde mental.

Outro fator que devemos levar em consideração é o isolamento social. Infelizmente, muitos jovens que acabam se distanciando de amigos, ou que acabam não desenvolvendo amizades importantes, desenvolvem quadros de tristeza profunda e ansiedade. E isso tudo pode precipitar a automutilação.

Além disso, alguns transtornos de personalidade, como o borderline, também pode motivar a automutilação.

automutilação na adolescência com um jovem usando roupas de manga longa e as mãos com muitos machucados

Porque uma pessoa decide se cortar?

A automutilação não é uma prática que surge do nada. Ela surge por conta de uma dor emocional que não foi resolvida e que acaba ocupando um espaço cada vez maior no corpo da pessoa. Assim, a pessoa decide praticar a automutilação como uma forma de tentar “aliviar” — mesmo que de modo temporário — aquela dor.

O estigma em volta da saúde mental é um fator que contribui para isso, pois muitas pessoas ainda enxergam o cuidado com a saúde mental como algo banal. Assim, faz com que muita gente sinta vergonha de falar sobre esses problemas ou pensam que seu problema é bobo.

Dessa forma, a automutilação acaba podendo ser vista como uma alternativa possível para aliviar essa dor, ou até de chamar a atenção para o seu problema. Não é uma boa forma de lidar com o sofrimento emocional, mas pode ser a única opção que a pessoa enxerga naquele momento.

Como identificar um adolescente que se automutila?

A automutilação se dá por meio de cortes, lesões e machucados intencionais no próprio corpo. Então, se você começa a notar que um jovem está utilizando roupas um pouco mais longas, por exemplo, mesmo em períodos mais quentes, isso pode significar que ele está escondendo marcas de machucados no próprio corpo.

Também é vital observar se existem cicatrizes ou hematomas nos braços, no abdômen e até mesmo nas pernas. Geralmente, são cortes ou lesões — como escoriações e arranhões — que o próprio jovem provoca em si mesmo. Então, não são acidentes e nem machucados causados por outra pessoa, como no caso de uma agressão.

Pelo contrário, a automutilação é uma lesão intencional! E o principal fator para você identificar um adolescente que está se automutilando é, antes de tudo, criando a confiança por meio da conversa.

Então, antes de você ir em busca de marcas no corpo do seu filho ou de um amigo seu, comece com uma conversa sincera. Afinal, uma conversa sincera e genuína pode gerar um resultado muito mais efetivo do que você decidir, sem mais nem menos, invadir o corpo da outra pessoa para procurar algum tipo de marca.

Se você conhece alguém que precisa de ajuda com a automutilação, mostre a terapia Eurekka para ela! Nosso atendimento é on-line, e assim, a pessoa pode começar as sessões sem precisar se expor para outras pessoas. Nosso sigilo é total, e nossa equipe é preparada para lidar com casos assim. Para saber mais, clique no banner.

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Automutilação na adolescência: como ajudar?

Se você está querendo ajudar esse jovem, o principal fator que vai levar você a criar essa confiança com ele será a escuta empática. Mas o que é escuta empática?

Trata-se de você sentar e escutar esse adolescente com toda a atenção do mundo, sem pressa ou sem compromisso. Dessa forma, você foca por completo no que o outro está dizendo para você — sem julgar, culpar ou deixar o outro mal.

Pergunte como ele tem se sentido, como é que tem sido a sua rotina nos últimos dias, se tem pensado em morte ou em se machucar, etc. Nesse ponto, começamos a falar sobre um tabu que existe na nossa sociedade de que falar sobre automutilação e suicídio incentiva que essas coisas aconteçam.

Mas isso não é verdade! Sim, é um tema sensível e que deve ser tratado com muito cuidado, porém, falar sobre automutilação abre uma porta para que o adolescente fale sobre o seu sofrimento e busque ajuda.

mulher com vários hematomas no tórax e pescoço

Incentive o adolescente a buscar ajuda

Depois da escuta ativa, a segunda forma de ajudar o adolescente que está se automutilando é incentivar e ajudar esse jovem a encontrar ajuda especializada. Ou seja, psicólogos e psiquiatras! Esses dois profissionais podem realizar um diagnóstico adequado da situação e entender quais são os motivos que estão levando esse jovem a se automutilar.

Dessa forma, permite que estratégias sejam criadas, a fim de que a automutilação deixe de acontecer e, principalmente, descobrir qual a causa real do problema.

Tratamento para depressão e automutilação na adolescência

Os tratamentos para a depressão e automutilação são a psicoterapia e o tratamento com remédios. A psicoterapia é realizada com psicólogos e busca identificar quais são os fatores que estão levando a essa automutilação.

Pode ser que seja depressão, desregulação emocional, algum tipo de trauma que esse adolescente enfrentou há pouco tempo ou até o uso de substâncias. O adolescente será avaliado e poderá dar início ao processo de psicoterapia.

No geral, a Terapia Comportamental Dialética — uma das abordagens que é utilizada aqui na Eurekka — costuma se mostrar bastante efetiva no tratamento da automutilação.

Já o tratamento com medicamentos deverá ser feito com orientação de um psiquiatra, que vai avaliar qual o remédio ideal para auxiliar esse jovem na regulação de suas emoções e na diminuição da vontade de automutilação.

As medicações variam conforme o caso e é super importante você receber a avaliação adequada de um psiquiatra!

sede eurekka

Inicie o tratamento com a Eurekka

Se você ficou interessado em entender um pouquinho mais sobre como funciona a Terapia Comportamental Dialética e como ela pode ajudar você no tratamento da automutilação, agende o seu primeiro atendimento conosco! Nós teremos o maior prazer e o maior carinho para ajudar você nesse momento difícil.

Sabemos como descobrir que alguém está se automutilando pode ser assustador, mas é importante manter a calma e saber que é uma forma de aliviar a dor. O próximo passo é mudar a forma como essa dor é aliviada, deixando os cortes para trás e começando a psicoterapia.

Então, se você quiser, pode clicar aqui para marcar uma conversa inicial com os nossos psicólogos. Daremos todo o apoio e cuidado nesse momento tão sensível.

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A Eurekka é uma Clínica de Psicologia especializada em terapia online que atende pacientes de todo o mundo. Os Psicólogos da equipe são treinados para aplicar a Terapia Cognitivo Comportamental de última geração nos mais diversos problemas: ansiedade, depressão, traumas, fobias, autoestima, disciplina, relacionamentos e muito mais.

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