Como praticar a autocompaixão em 4 passos

Bem-estar, Saúde mental

Muito se fala sobre como devemos acolher a todos com gentileza e doação. E isso é maravilhoso! Acontece que, às vezes, nos esquecemos de nós mesmos, de sermos gentis com a nossa vida e pegar leve com as nossas emoções. E a autocompaixão tem a ver com esse sentimento de equilíbrio entre o que exigimos de nós e o que reconhecemos que deve ser relevado.

E, no texto de hoje você vai entender o que é autocompaixão, descobrir se você tem ou não essa habilidade tão importante e como desenvolver ou aprimorar esse olhar carinhoso para consigo mesmo.

Boa leitura!

O que é autocompaixão?

Autocompaixão é a habilidade de olhar de maneira delicada, amável, gentil e preocupada para a nossa própria vida, avaliando de maneira racional as nossas emoções e os impactos que elas têm na nossa vida.

No entanto, não confunda isso com pena, dó e inferioridade. É comum que as pessoas se olhem com esses sentimentos, como se tudo estivesse perdido, assumindo um sentimento cruel de culpa.

A autocompaixão não é sobre se diminuir, mas sobre aceitar seus erros e seguir em frente, buscando sempre melhorar.

O que é autocompaixão para a Psicologia?

Imagine que você está com depressão e um dos conselhos do seu psicólogo é fazer atividade física três vezes por semana.

Pois bem, o dilema é o seguinte: você sente preguiça, sua mente fica dizendo que “tá tudo bem se você não for e ficar deitado no sofá comendo e olhando televisão”. Acontece que você também sabe que se não reagir, os sintomas da depressão vão piorar.

É nessa hora que você pratica a autocompaixão, pensando o seguinte: “eu entendo que não estou legal hoje, mas para o meu próprio bem, vou ir caminhar por 15 minutos em um lugar em que me sinto seguro. Tudo bem eu não andar por muito tempo, vou me esforçar dentro do meu limite.”

Entendeu? Autocompaixão é o equilíbrio entre esses dois exemplos, porque você diminui o volume dos seus pensamentos para que as emoções não saltem aos olhos e você consiga realizar um micropasso. Certamente, depois disso, você ficará muito orgulhoso das suas atitudes.

Além disso, a autocompaixão também aparece quando você comete um erro e, ao invés de se martirizar, você se acolhe e aprende com a situação, sem achar que você é a pior pessoa do mundo.

Como cultivar a autocompaixão?

E se a gente dissesse que na sua mente pode ter um comentarista, uma voz que fica meio que torturando você, dizendo coisas que não são verdadeiras e tentando levar você para o mau caminho?

Isso não é loucura não. Se você não fica esperto, seus pensamentos fazem você achar que tudo que acontece com você é meio que sua culpa, que você não faz nada certo e tem mais que ser castigado. 

Então, saiba que você pode treinar a sua mente para desenvolver a autocompaixão e, toda vez que as emoções negativas chegarem, você põe suas habilidades emocionais pra funcionar. Acompanhe:

Escreva para si mesmo

A escrita terapêutica é uma forma muito bacana de organizarmos nossos pensamentos.

No caso da compaixão, a técnica é a seguinte: escreva uma carta pra você mesma e tente mostrar a sua melhor versão, como se fosse o seu “eu” da compaixão falando.

Dessa forma, você elimina o processo de culpa e pensa assim “ eu entendo o que está acontecendo, mas quero encorajar meus pensamentos a fazerem diferente “, “eu não consigo fazer tudo agora, mas quero dar o primeiro passo pra melhorar”.

Além disso, quando você escreve, você tira da sua mente todo o peso e passa tudo para o papel, onde você pode visualizar e entender melhor o ocorrido.

Amadureça o pensamento de que para existir envolve errar

Sabe aquela história de pegar leve pra fazer mais? Ou seja, se permita deixar coisas para amanhã, se permita planejar só o início das suas tarefas e depois você vê como vai completando, se permita errar e aceitar que a vida traz alguns erros para que você se fortaleça.

Então, quando você se olha com mais delicadeza e com menos dureza, a sua rotina fica mais tranquila. Veja que não estamos dizendo que a vida é fácil e que só vamos fazer aquilo que tivermos vontade. Não é isso! 

O que queremos dizer é que você não precisa ser perfeito pra dizer que está bom e comemorar, e que muitas vezes é o seu excesso de autocrítica que atrapalha tudo.

Reflita sobre suas emoções e atitudes

As emoções e as atitudes existem para enfrentarmos e conversarmos com elas; jamais para fugir delas.

São as nossas emoções que moldam as nossas experiências no mundo. E isso não é nada subjetivo não. Porque, na verdade, nossas emoções são respostas fisiológicas do nosso corpo ao que está acontecendo: comer, chorar, sorrir, sentir saudade, dor de barriga, coração apertado, pernas tremendo, falta de sono…

Resumindo, nossas emoções são tudo aquilo que nos deixa em alerta e, como resposta, temos atitudes. A nossa proposta é que você seja consciente das suas emoções, observe elas com atenção e converse com elas.

Se você está desanimado, está olhando pra cama e nem trocou o pijama ainda. Então olhe para o desânimo e tente entender o porquê disso está acontecendo, quando começou e o que pode fazer em favor de si mesmo para melhorar essa situação.

Pense no seu melhor amigo

Como você falaria com um amigo ou amiga querida se ela estivesse passando por uma situação difícil? Você teria compaixão dessa pessoa? Agiria de maneira delicada, amável e gentil? Certamente que sim, não é mesmo?

Então, da mesma forma você vai agir com você, entendeu? Afinal, não é justo que você seja tão preocupada e gentil com os outros e não consiga fazer isso com você mesmo!

Sabe aquela história de que fulana faz tudo por todo mundo, está sempre disponível e preocupada, mas não tem tempo nem ânimo pra cuidar de si? Pois é! Não é bacana esse comportamento, viu?

Ferramentas para ajudar você a ter mais autocompaixão

Além de autoconhecimento, é importante você recorrer a outras ferramentas que vão complementar a sua habilidade de autocompaixão. Por isso, a gente separou três dicas pra você praticar e se informar:

Faça mindfulness

A meditação é uma maneira eficaz de trazer seus pensamentos para o presente e dar toda a atenção a eles. É a atenção plena no momento, de maneira que você se concentre no que você estiver sentindo naquele instante, sem passado e sem futuro.

O exercício da autocompaixão exige que olhemos para o nosso sofrimento e compreendamos o que está acontecendo naquele instante. Dessa forma, conseguimos dar uma chance à vida, sem julgamentos severos, com firmeza e com gentileza.

Você pode testar um tipo de meditação que trabalha a autocompaixão através de um áudio de meditação guiada sobre o assunto. Abaixo colocamos um para você testar agora mesmo!

Livro “Autocompaixão”  Kristin Neff

Ler sobre compaixão é também uma forma de aprofundar o assunto e definir a melhor maneira de você lidar com as suas emoções. 

O livro “Autocompaixão – pare de se torturar e deixe a insegurança para trás”, escrito por Kristin Neff, reforça a ideia de que precisamos abandonar a culpa e a frustração diante da vida. Além disso, também questiona sobre o porquê da dificuldade de sermos educados e amáveis com os outros e com a gente mesmo.

Podcast “Como lidar com a culpa”

A facilidade do podcast é você poder acompanhar bons conteúdos enquanto faz outras atividades do seu dia a dia.

Por isso, trouxemos aqui a sugestão de um episódio de podcast chamado “ Como lidar com a culpa”, realizado pelo Luiz, um dos fundadores aqui da Eurekka. Nele, o psicólogo reflete sobre o que causa a sensação de ter cometido uma falha e o ato de se culpar diante disso.

Este podcast tem menos de 14 minutos. Assim, você pode ouvir agora mesmo clicando aqui, enquanto faz alguma atividade mais manual, como lavar uma louça por exemplo.

A atitude primordial que engloba todas as outras

Ter autocompaixão é ser gentil com você mesmo, não torturar os seus pensamentos e se encorajar a aceitar desafios.

É como se a sua melhor companhia fosse a sua mente e vocês dois precisam entrar numa sintonia, aquela que aceita você sentir o que está sentindo, mas que age com firmeza para que boas atitudes sejam tomadas.

E é aí que a Eurekka e a sua equipe de terapeutas entram, porque, afinal, nem sempre você consegue fazer isso sem um bom suporte profissional.

A terapia é a melhor ferramenta para que você se olhe com mais carinho e entenda que nem tudo está sob seu controle e que você não precisa sofrer, se cobrar tanto e se julgar tanto por isso. Afinal, é com essa prática que você vai conseguir cumprir toda as dicas acima de forma mais centrada e certeira.

Então, se você entende que essa é a hora de trabalhar a sua autocompaixão com um profissional que atende de forma gentil e humanizada, clique aqui e marque sua conversa inicial com a gente.

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Equipe Eurekka