Autismo: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento

Eurekka Psicólogos

O aumento da representatividade e conscientização a respeito do autismo tem feito com que esse transtorno ganhe cada vez mais visibilidade.

Porém, é muito importante que essas informações propagadas sejam cada vez mais esclarecedoras, afinal a ideia é que cada vez mais pessoas entendam e respeitem a condição, sem se prenderem a estereótipos.

Além disso, esse esclarecimento baseado em estudos e pesquisas sérias é de essencial importância para ajudar pessoas a procurarem o tratamento adequado, quando for o caso.

Pensando nisso, neste texto, nós vamos explicar o que é o autismo, mostrar dados sobre esse transtorno, explicar quais são os sintomas, de acordo com os manuais diagnósticos, quais são os tipos, possíveis causas e como funciona o tratamento.

Boa leitura!

O que é autismo (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é categorizado pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) como um transtorno de neurodesenvolvimento. Isso quer dizer que o autismo é um transtorno que se manifesta no período de desenvolvimento da criança, em geral, antes mesmo de ela ingressar na escola.

E as principais características do TEA, que se manifestam na maioria das crianças com o espectro, são déficits persistentes na comunicação e interação social, assim como padrões restritos e repetitivos de comportamento.

Mais a frente iremos nos aprofundar mais nesses sintomas.

símbolo do autismo

Dados sobre o autismo

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), de 2017, mostram que 1 a cada 160 crianças no mundo tem TEA, o que nos mostra que o autismo tem avançado nos últimos 50 anos.

No entanto, isso não é motivo para desespero, porque os números são, principalmente, reflexos de uma maior conscientização sobre o tema. Isso porque, ao longo dos anos, as escolas, mídias, profissionais e famílias passaram a falar mais sobre o autismo, além disso os critérios de diagnóstico se tornaram mais claros e bem definidos.

Hoje, estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo sejam autistas. Desses, 2 milhões são brasileiros. E para que os dados no Brasil sejam efetivos e acompanhados pelas políticas públicas, o Presidente Bolsonaro sancionou a Lei 13.861/2019 que determina a inclusão de dados com informações sobre pessoas com Transtorno do Espectro Autismo (TEA) no Censo de 2020.

Inclusive, esses dados ajudam muito na crescente conscientização do autismo!

Quais são os tipos de autismo?

Durante muito tempo o autismo foi dividido em tipos, sendo eles:

  • o autismo atípico
  • a síndrome de Rett
  • a síndrome de Asperger
  • o transtorno desintegrativo da infância
  • o transtorno geral do desenvolvimento não especificado 

Contudo, o DSM-5 e outros manuais diagnósticos não usam mais essa divisão em tipos. Agora, há apenas o Transtorno de Espectro Autista, que engloba diversos sintomas e pode variar apenas em níveis de gravidade, mas dentro desse mesmo espectro.

Confira abaixo esses níveis.

Níveis de gravidade

Pessoas do Espectro Autista se enquadram em um dos três níveis de gravidade a seguir:

Nível 1 – Leve

Esse é o grau mais leve de autismo, apresentando dificuldades mais voltadas para a comunicação social. Por exemplo, tentativas falhas de fazer amizades, interesse reduzido em situações sociais e algumas falhas na hora de se comunicar.

Porém, com a ajuda de um especialista, o autista de nível 1 pode melhorar muito essa esfera da vida.

Nível 2 – Moderado

Nesse caso, a pessoa já apresenta maiores dificuldades na comunicação verbal e também na não-verbal. Assim, mesmo com apoio profissional, o autista ainda terá limitações para iniciar interações sociais e responder a elas.

Um caso comum é a interação se limitar apenas a interesses especiais reduzidos.

Nível 3 – Grave

Já no nível 3, a dificuldade de comunicação social já é bem grave, seja verbal ou não-verbal. Dessa forma, a pessoa tem grandes limitações para iniciar uma interação, além de também apresentar uma resposta mínima a interações iniciadas por outras pessoas.

Por exemplo, segundo o DSM-5, a pessoa no espectro pode ter uma fala inteligível e de poucas palavras, raramente iniciando as interações e, quando o faz, tem abordagens incomuns. Além de reagirem somente a abordagens sociais muito diretas.

Sintomas de autismo

Os sintomas do autismo geralmente são os mesmos para os três níveis, variando apenas em intensidade. Confira quais são:

  • Abordagem social anormal
  • Dificuldade em estabelecer uma conversa normal
  • Compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto
  • Dificuldade para iniciar ou responder a interações sociais
  • Déficits nos comportamentos comunicativos não-verbais usados para interação social, como olhar nos olhos
  • Dificuldade em entender gestos
  • Ausência de expressões faciais
  • Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos
  • Dificuldades em compartilhar de brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos
  • Ausência de interesse por pares
  • Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos
  • Insistência nas mesmas coisas, seguir uma rotina a risca ou ter padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal
  • Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco, como pesquisar muito sobre um assunto em específico
  • Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente

Saiba mais: como é o autismo leve em adultos?

Possíveis causas do autismo

Ainda segundo o DSM-5, há duas causas mais prováveis do autismo, sendo elas:

1. Genéticas

Os estudos sobre a causa estão avançados e há fortes indícios de que a genética seja responsável por grande parte dos casos de autismo no mundo. Inclusive, pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) acreditam que tanto a carga hereditária de pai para filho, quanto uma mutação nova que aparece apenas na criança, sejam as causas mais prováveis.

2. Ambientais

Fatores como idade parental avançada, baixo peso ao nascer ou exposição fetal a ácido valpróico também podem contribuir para o risco de transtorno do espectro autista.

Fatores de risco

Estudo aponta que há um número maior de casos de TEA em indivíduos do sexo masculino e que 20% das crianças autistas da pesquisa estavam abaixo do peso ao nascerem.

O mesmo estudo também identificou um ambiente intrauterino inadequado em virtude de infecções durante a gravidez.

A idade avançada dos pais, intervalos de menos de um ano entre uma gravidez e outra e gravidezes múltiplas também aumentam o risco de TEA.

Diagnóstico e tratamento

Como o Transtorno de Espectro Autista, geralmente, manifesta os sinais já nos primeiros anos de vida, é importante logo consultar um psicólogo ou psiquiatra para confirmar ou descartar o diagnóstico.

É claro que há crianças mais tímidas e introvertidas, por isso nem toda criança quieta e que interage pouco necessariamente é autista, por isso é muito importante ter o olhar de alguém especializado no assunto.

Assim, caso o diagnóstico seja confirmado, a criança vai ser acompanhada por uma equipe interdisciplinar, que saberá estimular as várias áreas do cérebro, ajudando no desenvolvimento social e cognitivo. Entre esses profissionais podem estar o psicólogo, psiquiatra, fonoaudiólogo, psicopedagogo e outros profissionais da saúde.

sede eurekka

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A Eurekka é uma Clínica de Psicologia especializada em terapia online que atende pacientes de todo o mundo. Os Psicólogos da equipe são treinados para aplicar a Terapia Cognitivo Comportamental de última geração nos mais diversos problemas: ansiedade, depressão, traumas, fobias, autoestima, disciplina, relacionamentos e muito mais.

3 replies on “Autismo: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento”

Olá, Cássio!

Na verdade essa é uma Fake News! O médico que acompanha o Messi afirmou que esse é um boato e que não há traços de autismo no jogador.

Espero ter esclarecido!

Abraços,
Gabi da Equipe Eurekka.

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