Antidepressivo: é para a vida toda? Vicia?

Equipe Eurekka

Se você toma, já tomou ou considera tomar antidepressivo, com certeza já teve muitas dúvidas quanto ao uso desses remédios que são vistos como tabu. Perguntas sobre duração de tratamento, efeitos colaterais e possíveis danos à saúde chegam o tempo todo para a equipe da Eurekka.

Antidepressivos são remédios muito úteis para vencer a depressão e não pode ser vistos como algo ruim. Quando necessário, é importante ir à um médico psiquiatra para que ele possa avaliar seu caso e verificar se você precisa disso.

Por isso, você vai entender neste artigo por que se indica os antidepressivos em alguns casos. Além disso, você vai tirar algumas de suas dúvidas sobre duração de tratamento e efeitos colaterais. Vale lembrar que a psicoterapia em união com os remédios são a melhor forma de superar uma depressão.

Qual a importância dos antidepressivos?

Os remédios antidepressivos são fortes aliados para doenças como a depressão, o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e dores crônicas.

A depressão pode apresentar alguns sintomas que variam de pessoa para pessoa, e apesar de ter efeitos colaterais, ajudar o paciente a lidar com as dores que mais o afetam é muito mais importante. Por isso, o antidepressivo pode ser a primeira porta de entrada para a pessoa melhorar a sua saúde mental.

Esse tipo de remédio pode fazer a pessoa voltar, aos poucos, a perceber como é viver bem de novo, e buscar se curar depois de notar a eficácia do remédio. É por isso que a terapia atua muito bem em conjunto com o remédio. Assim, conforme o paciente vai lidando com a causa das suas dores, o remédio vai atuando com os sintomas até que não seja mais necessário.

Os estudos comprovam que, com remédios, de 50 a 65% das pessoas veem melhoras significativas dos sintomas de depressão. Ou seja, com antidepressivo, há mais chances do tratamento, aliado à terapia, melhorar.

Como os antidepressivos agem no cérebro?

Os psicólogos e psiquiatras não entendem exatamente o porquê dos antidepressivos aliviarem os sintomas da depressão. Ademais, a medicina ainda não descobriu qual é o mecanismo de ação que faz com que os remédios antidepressivos funcionem.

Mas isso não significa que a medicina não sabe que eles funcionam; eles funcionam e há comprovação, porém ainda não se sabe o porquê deles funcionarem.

O que se sabe é que alguns remédios antidepressivos funcionam afetando os níveis de certos neurotransmissores – que são como “mensagens” que o seu corpo coloca entre dois neurônios para promover a comunicação no seu organismo.

Os principais neurotransmissores afetados por esse tipo de remédio são a serotonina (o mais importante de todos eles), a noradrenalina, a dopamina e a epinefrina. 

Isso porque os estudos provaram que pessoas depressivas possuiam baixa na produção de serotonina.

Apesar de não saberem se essa baixa era por causa da depressão ou se a depressão era por causa da quantidade baixa de serotonina, o que se sabia era que, ao medicar a pessoa depressiva com um remédio que aumentasse a serotonina disponível no organismo dessa pessoa, os sintomas de depressão melhoraram.

pessoa tomando antidepressivo

O que causa o vício ao antidepressivo?

O vício em remédios é mais comum em casos de automedicação, quando o paciente aumenta a dose prescrita sem consultar o médico. Isso faz com que o organismo desenvolva tolerância à dose, necessitando de quantidades cada vez maiores.

Outro ponto importante é que pessoas que tomam remédios de tarja preta são mais suscetíveis de desenvolverem um vício. Isso acontece pois a falta do componente no corpo, após um período sem tomar, faz com que o corpo tenha a compulsão de repor aquele remédio novamente.

Em alguns casos, o remédio é a única forma que a pessoa vê que seu corpo é capaz de funcionar. Assim, se a pessoa não busca resolver a causa, mas apenas aliviar os sintomas, ela vai entrar em um ciclo vicioso de dependência do remédio.

Assim, a pessoa começa a apresentar sintomas de vício pela falta do remédio em seu corpo. De novo, vale lembrar que nem todas as pessoas vão ficar viciadas em remédio, e se ela faz terapia, a chance de isso acontecer é ainda menor.

Por isso, se você já toma medicamentos mas está em busca de parar de tomar e depender de um remédio para a sua felicidade, busque a terapia. Com algumas semanas de tratamento, você já estará se sentindo melhor e mais confiante para viver. Se quiser agendar a consulta inicial, acesse pelo banner abaixo.

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Antidepressivo vicia?

A resposta curta e direta é: não, os antidepressivos não são viciantes. Quando se estabelece a dose de remédio para o paciente, ela vai se manter até o final do tratamento. Nesse momento ocorrerá a retirada gradual do remédio – ação conhecida como “desmame”.

Os remédios que costumam ser viciantes desenvolvem tolerância no nosso organismo, fazendo com que seja necessário aumentar a dose de tempos em tempos. Remédios que chamamos de “tarja preta” estão entre os remédios que podem desenvolver vício nos pacientes.

O que é mais provável de ocorrer é surgir uma dependência psicológica do remédio. Ou seja, atrelar o seu bem estar ao remédio e, por isso, sentir que ele é essencial. Mas isso é apenas uma questão psicológica e que é tratada de modo bem fácil quando ocorre em conjunto com um terapeuta ou psiquiatra.

Por fim, aqui vai um estudo que vai esquentar seu coraçãozinho: 90% das pessoas que começam a tomar antidepressivos não vai precisar continuar tomando os remédios para o resto da vida. Isso porque a depressão não é uma condição, mas uma fase. Isso ajuda com que a pessoa não se sinta “viciada” no antidepressivo.

Consultas com psiquiatras na Eurekka

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Como você viu, aqui na Eurekka, sempre damos um destaque maior ao tratamento em conjunto. Sendo assim, a terapia em união com o medicamento é a melhor forma de seguir com o tratamento.

Enquanto um resolve as suas dores agora, o outro resolve o que causa as suas dores para que elas não aconteçam mais.

Além disso, é muito importante que o tratamento com antidepressivos esteja aliado à um bom psiquiatra, que entenda muito bem sobre cada medicamento e não esteja apenas te dando qualquer um.

Um médico que seja bom ouvinte, atento, atencioso, cuidadoso e bem instruído faz uma diferença enorme no tratamento, já que o psiquiatra está disposto a cuidar da sua saúde de modo individual e identificar você como um ser humano único, e não um depósito de remédios.

Para tratamentos humanizados e cuidadosos, você sempre pode contar com a clínica de terapia online e presencial da Eurekka e, para consultas com Psiquiatras, é só consultar nossas informações no EurekkaMed.

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