Análise psicológica de Ginny e Georgia: família e vida social

Apesar do que muitos pensam, Ginny e Georgia não é uma série tranquila que mostra o bom relacionamento entre uma mãe e sua filha. Na verdade, é uma série que aborda temas bem sérios e polêmicos. É por isso que fizemos a análise psicológica de Ginny e Georgia!

Esta série veio para nos mostrar que nem tudo é um mar de rosas e que cada um está passando por um (ou vários) momentos difíceis na vida. Então, vamos falar um pouco sobre esses problemas que cada personagem tem e o impacto na saúde mental deles?

Ah, e só para não dizer que não avisamos, esse texto contém vários spoilers sobre a primeira temporada!

Sobre a série

“Ginny e Georgia” conta a história de mãe e filha que estão aprendendo a sobreviver às difíceis situações que a vida traz. Contudo, diferente do que muitos podem pensar num primeiro momento, a relação delas não é nada boa.

Ginny sempre acreditou ser mais madura que a mãe, por não estar fugindo de todos os obstáculos da vida. Mas quando ela passa a viver situações complicadas e precisa se defender sozinha, começa a entender que talvez a vida não seja tão simples.

Georgia, por outro lado, tem como meta proteger a vida de seus filhos, para que eles nunca passem pelo que ela passou. Além disso, ela esconde inúmeros segredos, que se descobertos, podem comprometer toda a família.

Análise psicológica de Ginny e Georgia: A família Miller

Nada mais justo do que começarmos essa análise psicológica de Ginny e Georgia falando sobre os protagonistas da série. Além das duas mulheres que levam o nome da série, também faz parte dessa família o pequeno Austin. Mas o que cada um tem de especial?

Georgia

Já começamos com uma personagem com uma história bem complicada. Sua mãe tem problemas com drogas, e seu padrasto a abusava. Para tentar se livrar dessa vida difícil, ela foge de casa aos 15 anos. Assim, conheceu pessoas que a ensinaram a sobreviver sozinha (de uma forma não tão legalmente aceita).

Na mesma época em que morava nas ruas, Georgia começou um namoro que gerou uma gravidez. E, para criar a criança, decide ir viver com o namorado na casa dos sogros. Contudo, após os sogros quererem pegar a guarda de Ginny, ela foge de novo, e passa a viver em constantes fugas toda vez que as coisas apertam.

Só com esses fatos podemos notar que Georgia tem vários traumas devido ao passado. Além disso, por ter lidado com situações muito difíceis ainda com pouca idade, acabou aprendendo a fugir dos problemas e recomeçar a vida em outro lugar. Contudo, o passado sempre volta para lhe prestar contas.

Ginny

A filha mais velha de Georgia, Virginia, também tem seus problemas. Ginny nunca teve amigos, pois estava sempre mudando de cidade. Agora, com esperanças de ficar em Wellsbury, Ginny começa a conhecer um novo mundo e se apegar a ele. Amigos, paixões e pensamentos sobre o seu futuro passam a ser a sua nova realidade. Contudo, sempre há outras complicações na vida de Ginny

Além de lidar com coisas normais da adolescência, Ginny também tem muitos atritos com a mãe e sente a ausência do pai. Também sofre bullying, por ter uma mãe tão jovem, e racismo, por ser filha de mãe branca e pai negro.

Em alguns momentos da série, vemos Ginny tendo uma grande sobrecarga de emoções por conta de tudo que está passando, e para tentar desfocar disso ela se automutila. 

Austin

Austin ainda é uma criança, mas já enfrenta situações bem difíceis. Agora que se mudaram para Wellsbury, Austin passa a frequentar uma nova escola, onde também estuda o filho de uma das inimigas de sua mãe.

Ele acaba sofrendo bullying, por este garoto, por gostar de fantasia, como o mundo de Harry Potter e pelo fato de seu pai estar preso. Por conta de todas essas situações, Austin tem dificuldade em lidar com a vida, e passa a demonstrar sinais de violência, quando agride o colega na escola. 

Além disso, ele também para de falar com todos quando descobre que as cartas que recebe não são escritas pelo pai. Sendo que isso pode até indicar um sinal de mutismo seletivo, que já foi mostrado em séries antes, como no personagem Raj de The Big Bang Theory.

Análise psicológica de Ginny e Georgia: As amigas de Ginny

Além dos personagens principais, vemos também outros personagens tendo dificuldades na vida, e as amigas de Ginny são um exemplo disso. Veja a análise psicológica que fizemos de duas delas:

Max

Max é uma das personagens que mais apresenta o que é ser uma adolescente. Imersa em seu próprio mundo e em seus problemas, ela sempre está falando de si e fazendo os outros olharem para ela também. Então, para muitos, esse comportamento de Max com as amigas pode ser considerado uma amizade tóxica.

Além disso, Max explora muito a sua sexualidade, e mostra que está sempre apaixonada por outras garotas e quer entender melhor esse mundo das paixões e dos relacionamentos amorosos.

Abby

Abby é uma personagem com muitas questões para serem abordadas. Contudo, a série não dá atenção suficiente para ela. Nos momentos em que ela tem uma abertura maior para contar sua história, Abby mostra que precisa de ajuda e atenção dos que estão ao seu redor.

Assim, podemos ver em alguns episódios que Abby tem problemas na família, pois seus pais estão se divorciando, e estão tão focados em seus problemas que esquecem da filha. E quando ela precisa da ajuda das amigas, todas estão focadas em seus próprios problemas e não a acolhem. Portanto, vemos que ela se sente muito solitária.

Além disso, ela também tem problemas com o próprio corpo. Isso fica claro em um dos episódios que a vemos colocando fita nas pernas para parecer mais magra. Por isso, podemos dizer que é provável que ela tenha um transtorno de imagem corporal.

Análise psicológica dos interesses amorosos de Ginny

E quem disse que a vida amorosa seria fácil? Sim, os pretendentes de Ginny também têm muitos problemas. Por isso, fizemos a análise psicológica deles aqui:

Marcus

Marcus também é um personagem com muitos problemas que vão sendo revelados ao longo dos episódios em que se aproxima de Ginny. Além dos dilemas que a idade traz, como insegurança, romances, ele ainda lida com o luto.

Perder o melhor amigo deixou Marcus muito mal, e é provável que ele não tenha processado todas as fases desse luto tão bem. Tanto que isso impactou outras áreas da vida dele, o que pode até ter desencadeado uma depressão. 

A boa notícia é que Marcus admitiu que já buscou ajuda e está se tratando com terapia e medicamentos!

Hunter

Por muitos episódios na primeira temporada, Hunter foi o interesse amoroso de Ginny (pelo menos era ele quem ela admitia a todos). Eles têm um relacionamento que é considerado por muitos uma meta. Porém, nos episódios finais, ele descobre que Ginny não o ama e fica de coração partido.

Além disso, ele também sofre com preconceito racial. Por ter descendência asiática, para muitos e, até para ele mesmo, há uma crença de que ele é diferente. Por isso, há sempre uma cobrança de superar as expectativas quando o assunto é desempenho escolar.

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Equipe Eurekka

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