Análise psicológica de Pousando no Amor e curiosidades

Equipe Eurekka

Quem aqui torceu e sofreu muito pela Se-ri e pelo capitão Ri? Essa análise psicológica de Pousando no Amor é especialmente para vocês que tiveram as emoções abaladas por conta desse k-drama. 

Por aqui, vamos fazer um resumo rápido da história, mostrar 5 aspectos da construção narrativa que explicam porque nos envolvemos tanto com a trama, como evitar ficar muito abalado e, por fim, curiosidades sobre o dorama.

Vamos lá?

O que acontece no dorama Pousando no Amor

A história gira em torno de Se-ri, uma empresária sul-coreana que tem sua própria marca de roupas e cosméticos, além de também herdar a gerência da empresa do pai.

Ela é muito corajosa, dedicada e competente. Mas, por conta da família tóxica e traumas de infância, acabou se fechando para as pessoas e se tornando muito sozinha.

Porém…ventos de mudança estavam por vir.

A fim de testar e divulgar sua nova linha de roupas esportivas, Se-ri decide pular de parapente e fazer o marketing do produto ela mesma.

Contudo, um pouco depois do salto, uma tempestade de grandes proporções acaba fazendo com que ela perca o controle do parapente e pouse na Coreia do Norte.

Quem a encontra é o Capitão Ri, que irá ajudá-la a voltar para a Coreia do Sul sem que as autoridades percebam e ela corra o risco de ser presa ou morta.

A partir daí muitas reviravoltas acontecem e intrigas do passado ressurgem. E, quanto mais tempo Se-ri passa na Coreia do Norte, maior o perigo fica, despertando a atenção de inimigos poderosos.

E, em meio a esse cenário caótico, acompanhamos vidas muito diferentes se entregando a sentimentos profundos, como o amor, paixão e amizade.

Análise psicológica de Pousando no Amor: por que o drama afeta tanto a mente?

Se já estamos cheios de produções sobre amores improváveis por aí, o que faz com que esse k-drama mexa tanto com a nossa mente e se diferencie dos demais?

Descubra tudo isso agora na nossa análise psicológica de Pousando no Amor!

Situação de risco iminente 

Apesar de contar com alguns alívios cômicos, a narrativa quase não nos dá folga. Do início ao fim, Se-ri, capitão Ri e as pessoas ao redor deles se vêem em situações de risco extremo, de modo que o tempo todo ficamos tensos e ansiosos.

E, ao presenciar essas situações de risco iminente, o nosso organismo libera doses significativas de adrenalina, como se estivéssemos nós mesmos vivendo a situação. 

Você pode até ter ficado com o coração acelerado, mãos suadas e respiração ofegante naquelas cenas em que há perseguição e tiroteios. Sem contar os momentos em que Se-ri quase é descoberta pelos outros oficiais.

Mas não para por aí, afinal se ficássemos o tempo todo ansiosos talvez não aguentaríamos ver até o final, não é mesmo?

A questão é que, quando esse perigo passa, mesmo que momentaneamente, nosso cérebro libera a endorfina, trazendo a sensação de bem-estar e felicidade, o que nos motiva a continuar assistindo. 

Por isso, estamos o tempo todo entre o medo, tensão, euforia, alegria e esperança.

pousando no amor
Se-ri e Capitão Ri | Reprodução

O amor impossível

Além das personalidades diferentes, Se-ri e Capitão Ri enfrentam a questão de ambos morarem em países inimigos, o que torna impossível a relação. 

Assim, algo que nos traz muita aflição é saber que mesmo se o problema maior for resolvido, que no caso é Se-ri voltar em segurança para a Coreia do Sul, não vai ficar tudo 100% bem, já que eles estariam separados para sempre. 

Então, nós ficamos não só envolvidos pelo romance, mas também pela ansiedade de saber se esse problema vai se resolver ou se eles realmente não vão se ver nunca mais. 

Desejo de justiça 

Uma das emoções básicas do ser humano é a raiva, sendo que muitas vezes ela é despertada pelo senso de justiça perante uma situação que sabemos ser errada. E Pousando no Amor explora muito isso!

Ao descobrirmos mais sobre a história do Capitão Ri e de seu irmão, nosso senso de justiça é ativado contra Cho Cheol-gang, o oficial corrupto e maléfico que é responsável por muitas mortes, incluindo a do irmão de Ri. 

E essa emoção acontece até o final do k-drama, quando finalmente o momento catártico acontece.

Além disso, também sentimos essa emoção por conta dos irmãos de Se-ri, que passam toda a história tramando contra ela.

Assim, a raiva vem com tudo e traz muitos sintomas físicos e emocionais, como o corpo quente, tensão muscular e desejo de vingança.

O apego aos personagens 

Nem só de raiva e tristeza vive a comunidade dorameira! Afinal, essa análise psicológica de Pousando no Amor não poderia deixar de incluir os personagens cativantes que nos arrancam risadas e lágrimas.

Além do casal principal que, com o passar do tempo, se torna cada vez mais carismático, os personagens ao redor deles são essenciais para a construção da história e alívio da tensão.

Os oficiais que estão sob o comando do Capitão Ri, e que se tornam grandes amigos dele e de Se-ri, trazem características muito singulares, tendo cada um deles uma personalidade única.

Além disso, eles são responsáveis por cenas muito engraçadas e desastrosas, gerando em nós muito carinho e empatia. Além de também se mostrarem fiéis companheiros durante toda a saga.

Mas não só eles, pois também nos encantamos por personagens improváveis, como Gu Seung-joon (Alberto) e Seo Dan, que começaram como possíveis vilões, mas depois se mostraram pessoas incríveis e essenciais na trama.

E essa foi uma forma interessante de mostrar que todos têm uma história e questões para lidar, de modo que nem tudo se divide entre vilões e mocinhos, mas sim humanos com sonhos e trajetórias únicas.

E também não podemos deixar de citar as amigas que Se-ri faz na Coreia do Norte, seus seguranças e sua mãe (no fim), que acabam cercando a vida dela de afeto nos momentos difíceis.

Assim, todo esse apego aos personagens faz com que torçamos ainda mais por um bom final e com que nos envolvamos ainda mais com a narrativa. Desse modo, nosso emocional acaba ficando mais comprometido e sensível às situações apresentadas.

pousando no amor dorama netflix
Amigos do capitão Ri | Reprodução – Netflix

O final em aberto

O drama termina com Se-ri e capitão Ri na Suíça, lugar com grande significado para os dois, já que eles se encontraram lá antes mesmo de se conhecerem.

Ocorrendo, assim, uma visão de futuro, mas também de retorno. O que, com certeza, aqueceu nossos corações.

Porém, mesmo tendo conseguido um meio de se encontrarem, eles só podem se ver duas semanas por ano e não têm perspectivas de construirem uma vida juntos de fato.

Então, apesar de o drama dar um alento ao nosso coração ao mostrar que eles conseguiram um meio de ficarem juntos, ele também joga com nossas emoções ao deixar algumas dúvidas.

Afinal, eles se veriam apenas duas vezes por ano para sempre?

Assim, mesmo com o final positivo, nosso psicológico ainda fica um pouco abalado com tamanha dificuldade e incerteza que cerca o casal. 

Como evitar ficar abalado psicologicamente por causa do k-drama?

Uma ótima forma de evitar ficar muito abalado é fazer pausas

Quem assiste aos doramas sabe que eles são muito diferentes das produções ocidentais. E uma dessas particularidades é que as coisas demoram muito para acontecer.

Então, esse desenvolvimento mais demorado, atrelado às fortes emoções de Pousando no Amor, acabam fazendo com que a ansiedade vá nas alturas.

Por isso, uma ótima dica para lidar com esses picos de adrenalina é dar uma pausa. Fique alguns dias sem assistir e deixe sua mente descansar. 

Assim, quando voltar a ver, os acontecimentos não vão estar tão frescos na memória, de modo que suas emoções já vão ter se “desligado” da trama. Aliviando a tensão e as sensações intensas. 

Outra dica é assistir junto com alguém, mesmo que a pessoa não more com você. Dessa forma, você pode desabafar e extravasar um pouco do que está sentindo. 

Curiosidades sobre Pousando no Amor

Aqui vai duas curiosidades incríveis sobre esse k-drama que talvez você não saiba:

  1. O casal protagonista, Se-ri e Capitão Ri, se apaixonaram na vida real. Eles se casaram e agora têm um filho.
  2. O k-drama foi baseado em uma história verdadeira! Em 2008, a atriz sul-coreana Jun Yang fazia um passeio de barco, quando subitamente foi arrastada devido às condições climáticas. Assim, ela chegou muito perto da fronteira da Coreia do Norte, região conhecida como Paralelo 38. Por sorte ela conseguiu retornar antes de cruzar a linha. 

Saiba mais sobre doramas e psicologia

Se você quer saber mais sobre a relação entre doramas e psicologia, veja aqui esta análise de Something in The Rain!

Este artigo te ajudou?

0 / 3 2.45

Equipe Eurekka

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *