Alzheimer: tudo o que você precisa saber sobre essa doença
Equipe Eurekka
Hoje em dia, segundo dados da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), há entre 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade no Brasil. De todas essas pessoas, 6% sofrem do Mal de Alzheimer.
Nos Estados Unidos, essa doença é a que mais mata pessoas idosas entre 75 e 80 anos de idade, perdendo apenas para o derrame, o câncer e o infarto.
Nesse texto, você aprenderá tudo de mais vital que você precisa saber sobre o Alzheimer: o que é, como funciona, quais são seus tipos, sintomas e causas. Além disso, iremos explicar quais são os fatores de risco, as formas de prevenção, como é feito o diagnóstico, o tratamento e quais são os cuidados que se deve ter. Não quer perder isso, né?
Índice
O que é o Mal de Alzheimer
A doença carrega este nome devido ao neurologista alemão que foi o primeiro a descrevê-la, chamado Alois Alzheimer. Essa condição é um transtorno neurodegenerativo fatal, que causa a deterioração das funções cerebrais, de forma progressiva e severa.
Entre essas funções prejudicadas, se pode citar a perda da memória, perda da linguagem, perda da razão e também das habilidades de cuidar de si mesmo.
Dados sobre Alzheimer
Das pessoas que tem essa doença, inúmeros são os casos que evoluem para demência. Das pessoas com mais de 65 anos de idade, entre 10% tem a doença. Nas pessoas com mais de 85 anos de idade, 25% podem ter algum sintoma também.
Uma vez que se faz o diagnóstico da doença, se estima o tempo de sobrevida entre 8 a 10 anos. Se estima que, no Brasil, ocorram, todos os anos, cerca de 55 mil casos novos da doença.
De acordo com a Alzheimer’s Disease International (ADI), uma federação que faz atividades de combate contra a doença, os casos de demência devem aumentar 278% até o ano de 2050 com o aumento da expectativa de vida.
O que o Alzheimer faz no cérebro
Sendo um transtorno neurodegenerativo, está relacionado com o funcionamento dos neurônios. O sistema nervoso central humano é o responsável pela produção de algumas proteínas. Quando essa produção começa a ter problemas e a “dar errado”, a doença de Alzheimer irá ocorrer e se desenvolver.
Pelo processamento das proteínas não estar ocorrendo da maneira correta, as proteínas começam a surgir com defeitos dentro dos neurônios e nos espaços entre eles: fragmentos mal cortados e tóxicos.
Por serem proteínas tóxicas, isso irá causar a perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro. As regiões que costumam se afetar são o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral – a parte do cérebro responsável pela linguagem, raciocínio, memória, pensamento abstrato e reconhecimento de estímulos sensoriais.
Tipos de Alzheimer
- Alzheimer de início precoce: ocorre antes dos 65 anos de idade, sendo um caso mais raro de Alzheimer.
- Alzheimer de início tardio: esse tipo de Alzheimer é o mais comum. Ocorre quando se diagnostica a doença após os 65 anos de idade.
Sintomas de Alzheimer
O primeiro sintoma que a doença de Alzheimer costuma manifestar é a perda de memória recente. Com o tempo e com o avanço da doença, os sintomas vão aumentando e vão surgindo novos. É possível dividir os sintomas da doença em estágios:
- Primeiro estágio: o estágio 1 é a fase inicial da doença. Nesse período, ocorrem alterações na memória, na personalidade e nas habilidades espaciais e visuais.
- Segundo estágio: este estágio é a forma moderada da doença. Sintomas como agitação e insônia aparecem nesta fase, bem como a dificuldade para realizar tarefas simples, para falar e para coordenar movimentos.
- Terceiro estágio: esta é a forma grave da doença. Ela consiste em deficiência na execução de movimentos de maneira progressiva, bem como dificuldade para comer, incontinência urinária e fecal, e resistência à execução de tarefas diárias.
- Quarto estágio: é o estágio terminal da doença, no qual a pessoa fica restrita ao leito. O paciente tem dor ao engolir alimentos, desenvolve infecções e também costuma parar de falar (não sente a necessidade de se comunicar, não reage às coisas e fica imóvel).
Causas do Alzheimer
Não se conhece ainda a causa da doença. Porém, se acredita que o seu aparecimento e desenvolvimento esteja relacionado à predisposição genética, ou seja, de forma hereditária. Em casos assim, ela pode se desenvolver de forma precoce, por volta dos 50 anos de idade.
Apesar de se acreditar que a grande causa do Alzheimer são fatores genéticos, alguns pesquisadores têm outras hipóteses em mente, também. Além disso, alguns acreditam que a deficiência de certas proteínas e enzimas, combinadas com algum vírus, estejam envolvidos na causa do Alzheimer.
Enquanto isso, outros pesquisadores também acreditam que a exposição e o depósito de Alumínio no cérebro humano contribuem para a instalação e desenvolvimento da doença. Contudo, nenhuma das hipóteses já foi comprovada.
Fatores de risco
Um grande fator de risco que pode ser citado é o histórico familiar. Se há algum familiar que já sofreu da doença, as chances de a pessoa desenvolver ela também são maiores.
Ademais, a idade também é um fator de risco de extrema importância. A prevalência dessa doença é muito alta após os 85 anos de idade, sendo que o risco de desenvolver ela duplica a cada cinco anos após os 65 anos de idade.
Apesar de a doença ser muito mais comum em pessoas com idade já avançada, há casos raros que ocorrem por volta dos 50 anos de idade. O risco para pessoas com Síndrome de Down e em mulheres é mais alto também.
O baixo nível de escolaridade pode ser um fator também, uma vez que pessoas com um nível mais alto de escolaridade tendem a exercitar mais seus cérebros através da execução de atividades intelectuais mais complexas. Por fim, isso oferece uma quantidade maior de estímulos cerebrais.
Prevenção
Não há uma forma de prevenção específica para a doença de Alzheimer, porém, médicos recomendam que manter um estilo de vida saudável pode ser uma ótima forma de tentar prevenir o desenvolvimento da doença. Manter a mente ativa, bem como uma vida social com bons hábitos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação do Mal de Alzheimer.
Manter bons hábitos é uma ótima opção para prevenir não apenas a doença de Alzheimer, mas também outras doenças crônicas, como: diabetes, câncer e hipertensão.
Diagnóstico
Não há um teste específico que possa ser realizado para diagnosticar e comprovar a doença. Na verdade, o diagnóstico pode ser feito de maneira equivocada em, de forma aproximada, 10% dos casos. A única maneira de diagnosticar com 100% de certeza é através de exame do tecido cerebral – o qual é obtido por uma biópsia ou na autópsia após a morte.
Portanto, para conseguir diagnosticar, os médicos costumam levantar o histórico familiar do paciente, realizar testes psicológicos e descartar outros tipos de doenças mentais – as comparar entre si e analisar qual se encaixa mais.
Exames
Além de realizar a avaliação psicológica do paciente, a avaliação de depressão, e a realização de exames de laboratório voltados para monitorar a função da tireoide e dos níveis de vitamina B12 no sangue, podem ser realizados também.
Dessa forma, o diagnóstico do Alzheimer pode ser realizado por um médico neurologista que seja especializado no tratamento dessa doença, ou por um psiquiatra geriatra.
Tratamento
Até agora, a doença de Alzheimer ainda não possui cura. O seu tratamento é feito com medicamentos, os quais tem a finalidade de minimizar os sintomas, bem como de estabilizar o progresso da doença.
E por fim, entre os medicamentos usados, se encontram e Donepezila, Galantamina, Rivastigmina e Memantina.
Cuidados
Hábitos bons e saudáveis podem ajudar a prevenir contra a doença. Podemos citar como alguns destes hábitos a prática de exercícios físicos, manter uma alimentação saudável, não consumir bebidas alcoólicas, não fumar, realizar atividades em grupo, estudar, ler, entre outros.
Assim, quando a pessoa já possui a doença de Alzheimer, pode ser muito desgastante cuidar dela. Além disso, uma atitude que pode se mostrar muito necessária é contar com a ajuda de familiares ou, até mesmo, de profissionais capacitados para isso.
Algumas atitudes que podem ajudar, estimular e facilitar a vida de quem possui o Mal de Alzheimer são:
- Estabelecer uma rotina fixa e ajudar a pessoa a manter isso e cumprir.
- Espalhar lembretes pela casa.
- Simplificar a rotina do dia a dia, para que a pessoa possa continuar envolvida com ela.
- Encorajar a pessoa a realizar atividades sozinha quando conseguir.
- Limitar as opções de escolha da pessoa sobre assuntos pequenos, como qual sabor de suco tomar.
- Manter uma dieta saudável e balanceada
- Estimular o convívio social e familiar também
- Eliminar o álcool e o cigarro
- Procurar ajuda profissional e/ou familiar quando o desgaste for muito grande sobre quem está cuidando da pessoa.
Prognóstico e complicações possíveis
Por a doença de Alzheimer ser progressiva, ir piorando aos poucos, definir quando a doença começa é algo muito difícil de se fazer. Além disso, a doença varia muito: uma pessoa que a tem pode não ser mais capaz de fazer cálculos matemáticos, mas pode conseguir ler uma revista ainda, por exemplo.
Ademais, pacientes que possuem o Mal de Alzheimer, de forma geral, não morrem devido a essa doença. Dessa forma, costumam falecer devido a circunstância que estão indiretamente relacionadas à mesma. Ou seja, circunstâncias ocorreram devido à presença da doença.
Por exemplo, muitos morrem por causa de infecções enormes que surgem, como pneumonia. Há casos de pessoas que têm muita dificuldade em engolir alimentos, e acabam perdendo suas vidas por isso.
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