Aborto: tipos, riscos, complicações e quando é permitido
Equipe Eurekka
O aborto tem sido um tema muito presente na mídia e discutido no mundo, por isso é bom conhecer mais sobre o assunto. Dessa forma, nesse post você vai entender o que é o aborto, quais são os tipos, porque eles acontecem e quais as consequências disso.
Além disso, vamos falar de alguns aspectos psicológicos que envolvem o aborto na vida da mulher, e, ao final você pode deixar sua dúvida nos comentários que nós iremos fazer o possível para esclarecer tudo a você.
Boa leitura!
Índice
O que é o aborto?
A definição exata de aborto é “o fim de uma gravidez antes de 22 semanas completas ou expulsão de um feto com menos de 500g”.
Como saber se tive um aborto?
É possível identificar um aborto quando a mulher grávida começa a ter um sangramento vaginal que pode ou não ser acompanhado de dor. Por isso, é crucial ficar atento a qualquer sintoma como esse e correr para um centro médico caso ocorra.
Tipos de aborto
A principal divisão dos tipos de aborto é feita em dois grupos:
Aborto Induzido
Quando feito por um médico ou por outra pessoa com a intenção de retirar o feto que ainda está vivo dentro da mãe. Mesmo nesse tipo, só se considera aborto até 22 semanas de gravidez. A partir disso, o feto que não nasce vivo se chama de natimorto, ou seja, aquele que já nasceu morto.
Aborto Espontâneo
Quando o corpo da própria mãe finaliza a gestação, sem que alguém tenha causado isso. É bastante comum, sendo que 1 em 4 mulheres vai ter pelo menos 1 aborto durante sua vida. Esse tipo de aborto pode ter algumas apresentações:
- Ameaça de aborto: quando é possível fazer algo para evitar que o aborto aconteça;
- Abortamento inevitável: quando o colo uterino está muito aberto e tem muito sangramento, não sendo mais possível evitar o aborto;
- Completo: quando se eliminam feto e anexos;
- Incompleto: quando ainda resta algo dentro da mulher que não foi eliminado;
- Retido: quando o feto morreu há pelo menos 3 semanas. Esse caso é muito perigoso para a mãe;
- Repetição: quando acontece 3 vezes ou mais.
Causas e fatores de risco do aborto
Em torno de metade dos casos de aborto não podem ser justificados pela medicina hoje em dia. Mas, aqueles que tem causa identificadas, em geral são pelos seguintes motivos:
- Genética: quando o corpo identifica uma alteração no DNA do feto, como a trissomia do cromossomo 21 por exemplo, pode ocorrer a expulsão dele logo no início da gestação;
- Imunológica: em alguns casos, a imunidade da mãe pode não reconhecer o feto e expulsá-lo;
- Endócrina: quando há deficiência de progesterona na fase lútea, em que o corpo lúteo mantém a progesterona alta enquanto a placenta ainda não está formada. Assim, sem a formação ideal da placenta, o feto não consegue se manter vivo no corpo da mãe;
- Infecciosa: ocasionada por micoplasma, clamídia ou toxoplasmose na primeira infecção;
- Traumática: quando ocorrem quedas ou acidentes;
- Anormalidades no útero ou malformações do feto;
- Doenças maternas graves;
- Trombofilias;
- Contato com elementos como tabaco, álcool, irradiações, produtos químicos, entre outros, que prejudicam o desenvolvimento saudável do feto;
- Imunológica: como lupus eritematoso, síndrome do anticorpo antifosfolípido, histocompatibilidade sanguínea com o parceiro
- Miomas no útero;
- Impotência istmo cervical: quando o colo do útero não consegue ficar fechado até o final da gestação. Nesse caso, há situações em que se pode fazer um procedimento chamado de cerclagem: quando se dá alguns pontos no colo do útero para que ele fique fechado ao longo da gravidez.
- Cicatrizes no útero decorrente de outros abortos, partos, abortos ou curetagens.
Diagnóstico de aborto
O Diagnóstico de aborto é feito pelo médico. Vale lembrar que nem todo sangramento significa aborto e que se pode evitar alguns abortos. Por isso, se ocorrer um sangramento na sua gravidez vá ao hospital imediatamente.
No hospital o médico vai observar o colo do útero da mulher, medir beta hCG e fazer um ultrassom para confirmar se realmente aconteceu um aborto.
Como é a Lei sobre aborto no Brasil?
No Brasil só existem 3 situações em que se permite o aborto. São elas:
- Quando a vida da gestante está em risco e não há outra forma de salvá-la;
- Se a gravidez é decorrente de um estupro e a mulher deseja retirar o filho. Caso a gestante seja incapaz de tomar a decisão, seu representante legal é quem deve autorizar;
- Caso o feto seja comprovadamente anencéfalo, ou seja, tem o cérebro subdesenvolvido ou o crânio incompleto.
Ainda assim, em todos os casos deve-se conversar sobre a indução do aborto com a mulher grávida. Pois muitas, mesmo nessas situações, não desejam abortar.
Riscos do uso de substâncias abortivas
Existem substâncias que provocam o aborto quando usadas. Elas são variadas, desde chás, hormônios e até medicamentos. Cada substância apresenta um risco, sendo alguns riscos comuns como: dor abdominal tipo cólica, sangramento vaginal, diarreia, náuseas, vômitos entre outros.
No entanto, algumas substâncias apresentam sérios riscos de hemorragia, ou seja, sangramento em excesso. Isso pode levar à pressão baixa que faz a mulher se sentir mal e aumenta seu risco de queda, o que pode causar machucados. Mas não só isso, se não controlada a hemorragia pode levar à óbito.
Além disso, caso a substância usada não consiga provocar o aborto ela pode provocar malformações no feto que irá nascer.
Por fim, mesmo que o aborto seja bem sucessido a mulher pode ficar com sequelas dos efeitos colaterais da substância, tendo dificuldade para engravidar novamente.
Aspectos psicológicos
Para a maioria, senão todas as mulheres, passar por essa situação é um evento muito traumático. Não é incomum que elas sintam uma sensação de perda e se sintam inseguras quando engravidarem de novo, afinal, muitas ficam com medo que aconteça a mesma coisa.
Além disso, muitas mulheres, ainda, se sentem culpadas pelo que ocorreu, acreditando que alguma coisa que elas tenham feito como ter atividade sexual, fazer uma viagem, tenha sido a causa.
Por isso, vale lembrar que a chance de se ter uma gravidez bem sucedida depois de um aborto é muito alta. Afinal, muitas mulheres têm abortos espontâneos e não é culpa de algo que elas tenham feito, isso acontece devido às diversas causas e fatores de riscos que conversamos nesse texto
Portanto, fazer um acompanhamento psicológico após sofrer um aborto é muito importante. Assim é possível entender e passar por esse período, que não deixa de ser um luto. Então, se você acha que pode estar passando por isso e precisa de ajuda, hoje, clique aqui e conheça a Terapia Comportamental da Eurekka!
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